quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vasco deve mais de R$ 1 milhão a viúva de Dener, morto há 20 anos

Advogados de Luciana Gabino, com quem ex-jogador teve três filhos, pediram penhora no fim do Brasileirão e também na reta final do Carioca, mas foi em vão

Por Rio de Janeiro
Header_DENER (Foto: Infoesporte)




Passaram 20 anos e o Brasil não viu surgir um jogador com as características de Dener. Craque de uma época de transição do futebol brasileiro, o eterno camisa 10 da Portuguesa era um vento de genialidade arrancando nos gramados e desviando dos rivais. Não ganhou fortuna, mas começava a conquistar o mundo do futebol. Isso tudo recebendo dinheiro em pacote de pão e guardando dentro do armário da tia. Falecido 17 dias depois de completar 23 anos em acidente de carro no dia 19 de abril de 1994 - e dois jogos antes de conquistar seu segundo título profissional, o tricampeonato carioca pelo Vasco -, Dener Augusto de Souza gerou um espólio de R$ 5 milhões à viúva e aos três filhos. Mas até hoje o clube de São Januário não quitou o acordo assinado em 2007. Vinte anos depois da morte dele, após longa batalha judicial, Luciana Gabino reclama de 14 meses de atraso de pagamentos do Vasco, que ainda possui débito superior a R$ 1 milhão no espólio do craque.
O imbróglio jurídico que a morte de Dener gerou é dividido em duas histórias e tem o mesmo motivo: o Vasco não fez seguro de vida para o jogador. Para a Portuguesa, o clube acordou em 1999 um pagamento de R$ 4,6 milhões. Para a viúva, R$ 5 milhões. 
Entre os clubes, tudo já foi resolvido, mas quem sofre ainda para receber o espólio do jogador é a viúva Luciana Gabino. Namorada desde a adolescência do ex-jogador, com quem teve três filhos, ela, através dos seus advogados, entrou com pedido de penhora no fim do Brasileiro de 2013 e também na reta final do estadual deste ano. Mas foi em vão. A diretoria vascaína, diz o advogado Renato Menezes, alega que os gastos com aluguel de estádio, entre outros custos, não permitem a retirada de parte da verba para penhora. O clube de São Januário não cumpre um pagamento do espólio assinado em 2007 há mais de um ano e meio. Resultado: os cerca de R$ 700 mil que o Vasco devia - das últimas parcelas da dívida - hoje já passam de R$ 1 milhão com acréscimos de multa e os juros por atraso do acordo. 
Valores e morte no dia do acerto
A contratação de Dener pelo Vasco era a mais badalada do grande time montado para a disputa do tricampeonato carioca de 1994. Astro da Portuguesa, campeão gaúcho em curta passagem pelo Grêmio em 1993, ele era cobiçado por grandes clubes do futebol brasileiro e chegava ao Rio determinado a impressionar o técnico Carlos Alberto Parreira para tentar vaga na Copa do Mundo nos EUA. O seguro de vida previsto no empréstimo ao Vasco era o mesmo preço da cláusula de venda do jogador: US$ 3 milhões. 
No dia da sua morte, Dener retornava ao Rio depois de uma reunião com o então presidente da Portuguesa, Manoel Pacheco Gonçalves, que acertara verbalmente sua venda pelos mesmos US$ 3 milhões para o Stuttgart, da Alemanha. Por volta das 5h15 da madrugada de 19 de abril, o Mitsubishi branco com a placa DNR-0010 bateu numa árvore na Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, bairro da Zona Sul do Rio. Otto Gomes Miranda era o motorista. O jogador do Vasco dormia com o banco do carona deitado, foi asfixiado pelo cinto de segurança e ainda bateu com a cabeça no teto do carro que estava em alta velocidade, segundo a perícia. Otto disse que dormiu no volante. Dener morreu por causa de uma asfixia por lesão da laringe e com uma contusão no pescoço
Dener jogando pelo Vasco em 1994 (Foto: Tassio Marcelo / Agência Estado)A bola procura: observado pelos adversários, Dener enfrenta o Flu em 1994 (Foto: Tassio Marcelo / Agência Estado)
















Pelo acordo, o Vasco pagaria 85% do valor - R$ 3,2 milhões - através do ato trabalhista no Tribunal Regional do Trabalho do Rio - o espólio de Dener passaria ao topo da lista de credores vascaínos -, mais os 15% restantes - R$ 1,8 milhão - em 36 parcelas mensais de R$ 50 mil. O valor de R$ 5 milhões acordado era bem inferior aos R$ 15 milhões pedidos no início do caso.
- Esse espólio deveria ter se encerrado em setembro de 2010, pois foi assinado em setembro de 2007. Estamos em 2014. A última vez que o Vasco pagou faz mais de um ano e meio. E ainda pagaram metade do valor - afirma Renato Menezes, advogado de Luciana Gabino.
Renato faz duras críticas à administração Roberto Dinamite: 
- Ele nos recebeu apenas uma vez, mas nem atende o telefone. É um mau pagador, digo isso com todas as letras.
Durante a campanha para a presidência do Vasco em 2006, conforme recordam o advogado e a viúva de Dener, Dinamite entrou por telefone ao vivo no programa "Superpop", da apresentadora Luciana Gimenez, e prometeu que, caso fosse eleito presidente, resolveria antes de qualquer coisa o pagamento aos familiares do ex-jogador. 
- Ele disse “eu joguei com ele, imagino o que a família deve estar sofrendo, faço aqui essa promessa”. Mas, assim que assumiu a presidência, logo no primeiro mês já atrasou o pagamento - lembra o advogado. 
- Na época dele, o Eurico Miranda contestou muitas coisas ao longo do processo, demorou anos para fazermos o acordo. Queria contestar que ela não era casada no papel com Dener, o que não existia, já que era uma união estável, tinham três filhos, moraram na mesma casa. Ele também achava que já tinha pago uma quantia para a mãe e isso bastava, mas a herdeira era a mulher, os filhos. Mas, a partir do momento em que foi feito o acordo, ele cumpriu com tudo. Até ele sair da presidência, foram 12 parcelas pagas à Luciana.
Eurico foi um filho da mãe, falava que não ia pagar, que não devia nada, mas quando a Justiça apertou, ele me pagou, cumpriu o que foi acordado. Quando Dinamite entrou, pensei que estava tudo resolvido, mas, imagina, piorou
Luciana Gabino, viúva de Dener
A viúva chegou a ser ameaçada de despejo por atraso no pagamento do condomínio da casa no Jardim São Paulo, bairro na Zona Leste paulista. Ela lamenta a situação e faz críticas aos dois dirigentes vascaínos:
- Eurico foi um filho da mãe, falava que não ia pagar, que não devia nada, mas, quando a Justiça apertou, ele me pagou, cumpriu o que foi acordado. Quando Dinamite entrou, pensei que estava tudo resolvido, mas, imagina, piorou.
Procurado para dar entrevista sobre a dívida que o clube ainda tem com a família de Dener e sobre as declarações do advogado e da viúva de Dener, o presidente do Vasco não respondeu ao GloboEsporte.com. O primeiro pedido de posicionamento, registrado em e-mail, foi feito no dia 24 de fevereiro. No período, até a publicação da matéria, houve diversos contatos para tentativas de retorno do clube, mas nada foi respondido. 
Dener no treino do Vasco arquivo (Foto: J. Sports / Futura Press)A ginga de Dener em treino do Vasco, em 94, pouco tempo antes da sua morte (Foto: J. Sports / Futura Press)

Acordo sob pressão 
A morte de Dener, uma perda irreparável para a família e para o futebol brasileiro, representou também um gasto de quase R$ 10 milhões para os cofres vascaínos - o clube também pagou cerca de US$ 20 mil para a mãe quitar um dos apartamentos que o filho comprara. Alto investimento da equipe para o tri de 1994, o empréstimo de Dener junto à Portuguesa custou US$ 350 mil ao Vasco, mais o empréstimo do zagueiro Tinho. 
Sem o seguro de vida do jogador - o Vasco fez apenas seguro por acidente de trabalho -, o clube foi responsável pela maior indenização da história da Portuguesa. O fato gerou até uma homenagem inusitada. 
O advogado Marcelo Ferro, à época do escritório Sergio Bermudes, um dos maiores do país, foi homenageado na Portuguesa pelo desempenho na ação contra o Vasco. 
- Foi curioso que junto comigo foram homenageados, como pessoas que ajudaram a Portuguesa, o Zagallo e o ex-prefeito Celso Pitta - recorda ele, referindo-se ao político morto em 2009 que chegou a ser preso por denúncias de corrupção.
Além do escritório de Bermudes, atuou no caso outro sobrenome muito conhecido no judiciário brasileiro. Sérgio Zveiter foi contratado pelo Vasco e participou da ação até ser nomeado secretário de Justiça do Rio, se afastar e colocar Isaac Zveiter para seguir no caso. Antes disso, porém, sem o Vasco responder à citação da Portuguesa no prazo de 15 dias, o clube de São Januário terminou condenado a pagar os US$ 3 milhões à Lusa em menos de três meses de ação. 
- Fora o seguro do empréstimo, do Vasco com a Portuguesa, o Vasco tinha que ter feito um seguro em nome da família. Não fizeram nenhum dos dois, por isso que pagaram os dois - relata o advogado de Luciana Gabino. 
Lápide na árvore onde Dener bateu o carro e morreu, na Lagoa. (Foto: Gustavo Rotstein)Lápide com uma cruz de malta e o nome de Dener na árvore na Lagoa onde aconteceu a batida do carro onde estava o jogador, em 94. 
(Foto: Gustavo Rotstein)
À época vice de futebol do presidente Antônio Soares Calçada, Eurico Miranda justificara dizendo que Dener não queria fazer seguro em nome da Portuguesa. O Vasco também alegava que não poderia fazer seguro de pessoa física para pessoa jurídica, o que terminou caindo por terra quando a Portuguesa apresentou um seguro de vida assinado no empréstimo anterior feito pelo Grêmio.
- Quando o emprestamos para o Grêmio, eles fizeram esse seguro de vida nos mesmos moldes que a Portuguesa pediu ao Vasco. Eles (o Vasco) ganharam a primeira ação, mas depois juntamos essas peças (o seguro que o Grêmio fizera) e reverteu a situação - lembra o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, ex-presidente da Portuguesa no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Depois de série de derrotas nos tribunais, até o caso chegar a Brasília, cinco anos depois da morte de Dener os dirigentes acertaram um acordo com a Portuguesa em consequência de uma pressão inesperada. O advogado do clube paulista conseguiu na Justiça que o novo patrocinador vascaíno, o Bank of America, colaborasse com o processo. Do investimento de R$ 34 milhões, porém, “apenas” R$ 16,5 milhões haviam sido registrados como pagamento em contas correntes do clube. 
Faltavam R$ 17,5 milhões que o advogado Marcelo Ferro queria saber qual destino tinha: “O Vasco só não paga à Portuguesa porque não quer, eis que dispõe de todos os recursos para tanto”, dizia a petição de janeiro de 1999. Nela, ele pedia que fossem apresentados os demais valores, data, nome dos beneficiários e contas correntes pagos a terceiros. No desenrolar da história, em 13 de abril, o Vasco pediu a suspensão do processo por chance de acordo entre as partes e em seguida, no dia 27 de julho, os clubes de origem portuguesa acertavam o pagamento de R$ 4,6 milhões - valor bem inferior ao US$ 3 milhões do seguro de vida de Dener.
Craque que preferia o drible ao gol, Dener - nome escolhido pela mãe para homenagear um estilista e costureiro famoso no Brasil, um dos pioneiros da moda no país - não completou nem quatro anos como profissional. Mas escreveu história, arte e polêmicas que vão ficar para sempre entre torcedores, ex-jogadores e todos que conviveram com o Reizinho do Canindé.
Montagem Documentos Dener cláusulas e acordos (Foto: Editoria de Arte)Petições contra o Vasco, termo de litígios e outros documentos do imbróglio judicial no caso Dener (Foto: Editoria de Arte)





Descoberto o 1º exoplaneta do tamanho da Terra em zona habitável


Kepler-186f orbita estrela anã a cerca de 500 anos-luz da Terra.
Sua distância do astro permite que tenha água em estado líquido.

Do G1, em São Paulo
Ilustração mostra como seria o planeta Kepler-186f (Foto: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech)Ilustração mostra como seria o planeta Kepler-186f (Foto: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech)
Cientistas anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar de tamanho similar ao da Terra e onde pode existir água em estado líquido, o que, em tese, o torna habitável.
O exoplaneta, denominado Kepler-186f, foi identificado por pesquisadores da Nasa usando o telescópio Kepler, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica "Science".
"A intensidade e o espectro da radiação do Kepler-186f o colocam na zona estelar habitável, implicando que, se ele tiver uma atmosfera como a da Terra, então uma parte de sua água provavelmente está em forma líquida", diz o estudo. O telescópio Kepler permite identificar planetas em sistemas distantes medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam quando passam na frente das estrelas que orbitam, ou seja, o equipamento não "enxerga" o planeta diretamente.
O Kepler-186f, que orbita a estrela anã Kepler-186, fica na constelação do Cisne, a cerca de 500 anos-luz da Terra. Ele é o quinto e mais afastado de um sistema de cinco planetas, todos com tamanho parecido com o da Terra.
"É extremamente difícil detectar e confirmar planetas do tamanho da Terra, e agora que encontramos um, queremos encontrar mais", disse em uma teleconferência Elisa Quintana, pesquisadora do Instituto para a Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI).
Descobertas do Kepler
Em fevereiro, a agência espacial americana anunciou que o telescópio Kepler, que orbita a 149,5 milhões de quilômetros da Terra há cinco anos, tinha acrescentado 715 exoplanetas à lista de mil corpos que orbitam estrelas a uma distância que torna possível a existência de água e, portanto, de vida.
A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.
Ilustração da Nasa mostra comparação entre a Terra e o Kepler-186f (Foto: Nasa)Ilustração da Nasa mostra comparação entre a Terra e o Kepler-186f (Foto: Nasa
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Terror em Feira de Santana – 12 pessoas foram mortas no primeiro dia de greve da PM


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Vários homicídios e dois autos de resistência (morte em confronto com a polícia) foram confirmados nesta quarta-feira (16), em Feira de Santana, após a deflagração da greve da Polícia Militar na Bahia.
Entre as vítimas está o policial militar Tiago Maciel, de 35 anos, que trabalhava como fisioterapeuta no programa de Ecoterapia da corporação.
A vítima estava indo fazer um atendimento, acompanhado de uma policial militar, quando quatro homens, que estavam em um veículo Vectra preto, o reconheceram como policial e deflagraram vários tiros. Tiago Maciel ainda foi socorrido para o hospital Emec, mas já chegou ao local sem vida.
José Falcão
Outra vítima de homicídio, Israel Barbosa dos Santos foi assassinado no interior de um carro na Avenida José Falcão. Segundo informações, ele estava fazendo o transporte irregular de passageiros, conhecido como Ligeirinho, em um veículo Celta, quando foi alvejado. A autoria dos disparos é desconhecida.
57009-3Barroquinha
Um homem identificado por parentes como Carlos Alberto de Souza Filho, 29 anos, foi assassinado a tiros na manhã de hoje na Rua Hamilton Cohim, no bairro Barroquinha, em Feira de Santana. Ele era morador da Rua Cordeiro, bairro Jardim Santana.
De acordo com testemunhas, a vítima tentou assaltar um homem que estava dentro de um veículo, quando dois homens armados viram a ação e tentaram impedir o suspeito de praticar o crime. Houve troca de tiros, e o acusado foi alvejado.
Centro da cidade
Foi alvejado com vários tiros por volta de 11h desta quarta-feira (16), no cruzamento da Rua Carlos Valadares com a São José, centro da cidade, Edvan Araújo Henrique, de 25 anos. De acordo com o delegado João Rodrigo Uzzum, da Delegacia de Homicídios, há informações de que ele estava em uma moto em companhia de um comparsa.
57002-3A suspeita é de que juntos eles estavam tentando praticar assaltos, quando um homem de identidade não revelada sacou uma arma e deflagrou tiros contra os dois.
O comparsa de Edvan, que ainda não foi identificado, também foi baleado e morreu momentos depois após, mesmo ferido, seguir com o veículo em direção ao bairro Baraúna. “Tudo indica ter sido um duplo homicídio, mas vamos concluir as investigações. O segundo cadáver estava próximo e foi isolado, então vamos aguardar para poder chegar a uma conclusão definitiva”, informou o delegado.
Sobradinho
Um homem foi assassinado na Avenida de Canal, no bairro Sobradinho. Ele não portava documento de identidade e ainda não foi identificado. Não há outros detalhes sobre este crime.
Rua Nova
Foi assassinado Adinailton Carvalho dos Santos, 21 anos, que morava na Rua Menino Jesus, no Loteamento Monte Pascoal. O crime aconteceu na Rua Montes Claros, no bairro Rua Nova.
Autos de resistência na Matinha
Dois homens ainda sem identificação morreram em troca de tiros com uma guarnição do Pelotão de Cavalaria, sob o comando do tenente Sardinha. O auto de resistência (morte em confronto com a polícia) ocorreu no povoado Mantiba, distrito Matinha.
De acordo com o tenente Sardinha, a guarnição estava realizando rondas pela localidade quando avistou dois homens em atitude suspeita em um veículo Gol preto. Ao perceberem a presença da polícia, a dupla fugiu, batendo, em seguida, em uma cerca. Os suspeitos, então, correram para o matagal deflagrando tiros contra a polícia. O tenente informou ainda que enquanto ocorria a troca de tiros outros dois suspeitos chegaram por trás da viatura em uma motocicleta e também atiraram contra os pms. “A guarnição se protegeu, houve o revide e os elementos foram atingidos”, contou.
Agrovila
Lucas Santana Lopes, 19 anos, foi assassinado com vários tiros, na Rua A, na Agrovila, bairro Mangabeira. Cerca de dez homens em dois carros efetuaram os disparos e além de Lucas, cinco pessoas foram baleadas.
Eucaliptos
João Paulo Lapa de Oliveira foi assassinado na Rua Potiguá, no bairro Eucaliptos. Quatro homens em um veículo não identificado efetuaram os disparos.
Jomafa (Senador Quintino)
Morte confirmada.

Arena Corinthians tem projeto aceito e fica perto de ter laudo dos Bombeiros


Corpo de Bombeiros analisou os últimos relatórios enviados pela Odebrecht e pelo Timão. Agora, uma vista in loco ao novo estádio do Alvinegro dará o aval final do 'Auto de Vistoria'

LANCEPRESS! 17/04/2014 - 16:31 São Paulo (SP)
Corinthians recebe a chave da Arena Corinthians (Foto: Reginaldo Castro/ LANCE!Press)



A Arena Corinthians deverá receber o laudo "Auto de Vistoria" nos próximos dias. Os projetos enviados ao Corpo de Bombeiros na última sexta-feira tiveram suas análises concluídas nesta quinta e a corporação os aprovou. Agora, a liberação só depende de uma vistoria in loco, que deverá ser feita já nos próximos dias.

Segundo o que foi apresentado pelos Bombeiros, foram corrigidas todas as exigências que haviam sido apontadas nas últimas reuniões, que contaram com as presenças do Corinthians e da Odebrecht, construtora responsável pelas obras do novo estádio.



As 26 não conformidades identificadas foram corrigidas pela empresa nos últimos dias. Entre elas, extração de fumaça e tempo de saída de emergência, que não atingia os oito minutos exigidos pela legislação estadual.

O laudo é um dos documentos exigidos pela Prefeitura para ceder o "Habite-se", necessário para funcionamento das instalações das edificações. Com tudo isso regularizado, o Timão poderá começar a fazer os eventos-testes para a Copa do Mundo. A Arena Corinthians será o palco de abertura do torneio, com a partida entre Brasil e Croácia, dia 12 de junho.


Jovem aguarda há quatro meses para começar a radioterapia pelo SUS

Aos 25 anos, Yuri Guarilha não frequenta a faculdade, não trabalha, não vai a barzinho nem à praia. Quase não sai de casa, apesar de ter muitos amigos. A maioria, ele acompanha pelas redes sociais. Foi por meio de uma delas que o jovem pediu socorro, no domingo: “Tenho câncer e estou há 4 meses esperando a radioterapia”, diz o cartaz que ele segura na foto.
Saúde frágil: Yuri quase não sai de casa e espera retomar a vida
Saúde frágil: Yuri quase não sai de casa e espera retomar a vida Foto: Roberto Moreyra / Extra
Encaminhado pelo Sistema de Regulação Municipal (Sisreg), em janeiro, para começar o tratamento na Clínica Osolando Machado, conveniada ao SUS, Yuri liga com frequência para a unidade em busca de uma solução, mas as respostas que recebe só o deixam mais angustiado:
- A máquina está quebrada, e a atendente pede que eu tenha paciência. Diz que infelizmente eu terei que esperar. Em meados de março, me informaram que 88 pessoas aguardavam na minha frente. Sei que não sou só eu nessa situação. Há pessoas com quadros piores. Mas tudo que mais quero é terminar esse tratamento e voltar a viver, retomar a minha vida - diz Yuri, que sonha em entrar na faculdade de jornalismo.
No Facebook, o jovem conta sua história à espera de ajuda
No Facebook, o jovem conta sua história à espera de ajuda Foto: Reprodução do Facebook
O Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Secretaria municipal de Saúde, responsável pelo Sisreg, e a Osolando Machado não informaram quantos pacientes aguardam hoje para começar a radioterapia. Mas, segundo o Ministério Público Federal, que ajuizou ação em setembro passado para regularizar esse tratamento no Inca, na época, 802 pessoas esperavam por uma chance de lutar contra o câncer no Inca, no Sisreg e no Hospital Mário Kroeff.
- Não é só ele (Yuri) que está sendo prejudicado. Muitos outros pacientes e até a própria Clínica Osolando Machado também estão. A devolução do paciente ao Sisreg para ser redistribuído é a última opção. Estamos remanejando os pacientes para nossa filial. E (esperar) de janeiro a abril, teoricamente, não é um tempo tão longo. Infelizmente, há pacientes que aguardam quase um ano para iniciar o tratamento - diz o advogado da Osolando Machado, Leonardo Pinto.
Um ano para conseguir o diagnóstico
Yuri vive cercado de cuidados. A cada dor no tórax, entra em desespero e controla diariamente na balança qualquer grama de peso perdido. Não é para menos.
Em 2006, então com 16 anos, foi atropelado por um ônibus e passou 41 dias internado, entre a vida e a morte.
- Achei que meu filho ia morrer. Em seguida, o pai do Yuri morreu de enfarte e eu tive câncer de mama diagnosticado. Graças a Deus, estou curada e meu filho também ficará - diz Mônica Guarilha, de 50 anos, mãe de Yuri.
Yuri com a mãe, Mônica Dias Guarilha, que superou um câncer de mama
Yuri com a mãe, Mônica Dias Guarilha, que superou um câncer de mama Foto: Roberto Moreyra / Extra
Em 2012, o jovem começou a ter dores no peito, febre e perda de peso. Peregrinou por postos de saúde e recebeu diagnósticos como pneumonia e tuberculose. Até que, em dezembro daquele ano, pesando 64 quilos (ele mede 1,84m), foi encaminhado ao Hospital do Andaraí. Lá, teve o câncer diagnosticado: linfoma de Hodgkin, com focos no pescoço, nas axilas e no mediastino (entre pulmão e coração).
- Em 2013, fiz 12 sessões de quimioterapia. Mas ficou um resquício do câncer no mediastino. O único tratamento possível é a radioterapia, que não tem no Andaraí. Estou nessa luta desde 2012. Não posso esperar mais - diz.
Máscara de Yuri para o início do tratamento já está pronta desde janeiro
Máscara de Yuri para o início do tratamento já está pronta desde janeiro Foto: Reprodução internet
Em outubro, duas ações civis públicas, ajuizadas pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público Federal, pediam a contratação emergencial de profissionais de radioterapia para o Inca. O Inca afirma que cumpriu a decisão da Justiça que determinou a contratação temporária de pelo menos 30 técnicos de radiologia e que o serviço está funcionando em três turnos, na capacidade plena.
Segundo a Secretaria de Saúde, o Sisreg recebeu pedido de marcação de radioterapia para Yuri no dia 3 de janeiro de 2014, com agendamento para o dia 6 de janeiro na Osolando Machado.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/jovem-aguarda-ha-quatro-meses-para-comecar-radioterapia-pelo-sus-12219856.html#ixzz2zAonEs8s

Marcelinho diz que filho bate na bola como o pai: "Vou falar com o Mano"


Caçula do Pé de Anjo, Matheus Surcin integra a equipe sub-17 do Timão e recebe dicas do pai. Jogador está sendo blindado pelo Corinthians

Por São Paulo
Matheus Filho Marcelinho (Foto: Reprodução/Instagram)Matheus, filho de Marcelinho, em ação com a bola 
(Foto: Reprodução/Instagram)
Todo pai é suspeito para falar das qualidades do próprio filho. No caso de Marcelinho Carioca, não é diferente. Pai de Matheus Surcin, da equipe sub-17 do Corinthians, o ex-jogador do Timão faz questão de encher a bola do garoto, que ainda não estreou com a camisa alvinegra.

- Dou total liberdade para os meus filhos. A única coisa que cobro são os estudos. Se vão ser jogadores ou não só o tempo vai dizer. Mas eles têm genética. Tanto o Matheus quanto o Lucas para bater na bola são piada. Não é porque são meus filhos, não... Eles treinavam desde pequenos comigo em Atibaia. Eu dizia: "Bate de rosca, de três dedos, acerta o cone, acerta a trave". Eles pegaram o dom. Bola parada com eles é fatal - garante.

Filho mais velho do jogador, Lucas, de 20 anos, atuou o Campeonato Carioca pelo Audax (RJ) e agora procura um clube para disputar a Série B do Brasileirão. Já o mais novo, aos 16, vem recebendo as primeiras instruções do técnico Rodrigo Leitão. E do próprio pai, é claro.

- Eu peço para que meus filhos se dediquem. Para que sejam os primeiros a chegar e os últimos a sair do campo. Que tenham disciplina, perseverança, para que vejam o lado coletivo do jogo. Para que durmam cedo, nada de balada e bebida, porque se querem fazer a diferença precisam cuidar do corpo - afirmou. 
Dou total liberdade para os meus filhos. A única coisa que cobro são os estudos
Marcelinho Carioca
 A pressão por vestir a mesma camisa que o pai vestiu, onde ganhou dez títulos e virou "o Senhor Centenário" em 2010, sempre vai existir. Mas Marcelinho acredita que Matheus poderá conquistar o seu próprio espaço com humildade.

- Sempre vão fazer o comparativo, mas eu falo: "Tem de ter cada um a sua personalidade." Digo que eles são iguais a todos os outros, para que não achem que é por serem filhos de fulano ou beltrano que vão ganhar mais oportunidades. Se tiverem que dormir debaixo da arquibancada, vão dormir. O Matheus volta do treino de trem lá de Guarulhos até Santo André. Ele é igual aos outros - diz.

Ocupado com a política, já que será candidato a deputado estadual, o ex-jogador promete assistir algum jogo do filho assim que o Campeonato Paulista da categoria iniciar, no fim de abril.

- Vou, mas vou ficar escondidinho lá atrás. A minha alegria é vê-lo com a segunda pele. Vou tentar dar um jeitinho de falar com o Mano (Menezes) - brinca o ex-jogador, sobre o comandante do time profissional.